A ingestão de bebidas alcoólicas por
uma mulher grávida pode trazer sérios problemas para a saúde e desenvolvimento
do bebê.
O álcool atravessa facilmente a
placenta, mantendo-se em elevada concentração no sangue do bebê, e por muito
mais tempo, visto que este não consegue metabolizá-lo, ao contrário do que
acontece com a mãe. Como o álcool produz o seu efeito tóxico a nível da divisão
celular, o risco de malformações no feto é mais elevado nos primeiros meses de
gestação (inicio da formação e desenvolvimento dos órgãos).
Os problemas mais graves, resultantes
da ingestão de álcool na gravidez, são o risco aumentado de aborto (cerca de 2
a 4 vezes superior, entre o 4º e 6º mês de gestação), o risco de ter um nado
morto ou de ter um bebê que sofra da síndrome fetal alcoólica.
Ainda não se conseguiu estabelecer a
quantidade de álcool a partir da qual se torna potencialmente tóxica para o
feto, mas sabe-se que quantidades muito pequenas de álcool, principalmente nos
3 primeiros meses de gravidez, são suficientes para prejudicá-lo.
Um estudo realizado pela Universidade
de Detroit (Wayne State University) afirma que crianças filhas de mães que
consumiram álcool durante a gravidez, mesmo que moderadamente, têm mais
probabilidade de desenvolver comportamentos agressivos, problemas de atenção,
de concentração e de memória. De acordo com estes investigadores, o simples
acto de ingerir uma bebida alcoólica, em média, por semana, durante a
gravidez, triplica o risco de essas crianças virem a desenvolver um
comportamento delinquente. Existem ainda estudos que comprovam que a estas
crianças se lhes associa impulsividade excessiva, hiperactividade,
comportamentos sociais errados e maior propensão para consumo de substâncias
ilícitas.
Uma das consequências mais graves da
ingestão excessiva de álcool na gravidez é, sem dúvida, a síndrome fetal alcoólica.
Esta resulta de um conjunto de distúrbios, a nível mental e físico, que se
manifestam na criança.
A síndrome fetal alcoólica
caracteriza-se por:
- Dismorfia
na face (deformações faciais) típicas desta síndrome;
- Atraso
no crescimento, a nível intra-uterino e após o nascimento;
- Alterações
na visão e audição, podendo desenvolver surdez ou alterações da linguagem;
- Lesões
no sistema nervoso central das quais resulta atraso no desenvolvimento
neuropsicomotor, dificuldades de aprendizagem, de atenção e memória,
distúrbios de comportamento;
- Outras
anomalias a nível cardíaco, esquelético ou dos órgãos genitais.
Não encare a ingestão de álcool,
principalmente durante a gravidez, de ânimo leve. Pois como se tem vindo a
comprovar, consequências muito graves podem daí resultar. Como não estão
determinados níveis seguros para a ingestão de álcool durante a gravidez, o correto será a mãe não consumir bebidas alcoólicas durante este período. Não
arrisque!
Postado por:Heloísa nº16 e Bruna nº7